O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, há pouco, a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além da prisão, Moraes determinou:
o bloqueio dos aportes, incluindo o aporte diplomático que ela obteve por ser deputada;
bloqueio de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo PIX;
bloqueio de veículos, incluindo embarcações e aeronaves eventualmente em nome dela;
bloqueio dos canais e perfis em redes sociais como Gettr, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e X;
multa diária de R$ 50 mil contra a deputada por postagens que “reiterem as condutas criminosas”;
inclusão, pela Polícia Federal, do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.
“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal”, afirma um trecho da decisão de Moraes.
Sobre o bloqueio dos salários e outras verbas da parlamentar, Moraes determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, seja imediatamente comunicado da decisão para fins do cumprimento.
A governadora Raquel Lyra (PSD) recuou da decisão de retirar o 20º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, após forte mobilização da população e lideranças políticas locais. Em um novo movimento, a chefe do Executivo estadual anunciou, hoje, o envio à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) de um projeto de lei que autoriza a criação de cinco novos batalhões da PM em diferentes regiões do Estado.
A medida faz parte do programa Juntos pela Segurança e tem como objetivo reestruturar o policiamento ostensivo, descentralizar as operações e fortalecer o combate à criminalidade em Pernambuco.
“Enviamos um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, criando cinco batalhões da Polícia Militar em Bezerros, Goiana, Barreiros, Camaragibe e Arcoverde. Essa é mais uma ação do Juntos pela Segurança, que se soma a muitos outros investimentos que estão trazendo excelentes resultados para a segurança pública no Estado”, destacou Raquel.
A democracia no Brasil é uma piada (de mau gosto) 202j9
A recente condenação do humorista Leo Lins, sentenciado a mais de oito anos de prisão por piadas consideradas ofensivas, é um marco preocupante no avanço do autoritarismo moderno disfarçado de justiça social. O que está em julgamento não é apenas um comediante, mas o direito de todos nós pensarmos e falarmos livremente.
Como disse o psicólogo e intelectual canadense Jordan Peterson: “Para poder pensar, você tem que correr o risco de ofender”. Essa frase resume com perfeição a natureza da liberdade de expressão como um direito absoluto. Nenhuma sociedade pode se dizer verdadeiramente livre se os cidadãos precisam pedir permissão para dizer o que pensam – ou se devem medir cada palavra para não ferir sensibilidades alheias.
Pensar implica questionar. Questionar implica desafiar o estabelecido. E isso, inevitavelmente, pode ofender.
O humor – especialmente o humor ácido, transgressor e politicamente incorreto – sempre foi uma das formas mais legítimas de crítica social. O palco de um comediante não é tribunal. A piada não é crime. Ela pode ser pesada, desconfortável, inaceitável para alguns – mas é exatamente esse desconforto que protege o pensamento livre.
Punir alguém por piadas é dar ao Estado o poder de definir o que é “aceitável” de ser dito. Hoje é o humorista. Amanhã, o jornalista. Depois, o cidadão comum.
O argumento de que certas falas “ferem grupos vulneráveis” ignora um princípio fundamental: a liberdade de expressão protege o discurso impopular, não o politicamente correto. O discurso consensual não precisa de proteção. É o direito de dizer o impopular, o inconveniente e o ofensivo que garante a pluralidade democrática.
Censurar o humor não protege a sociedade – infantiliza e enfraquece. E o risco que corremos ao permitir isso é o de uma geração incapaz de lidar com a realidade sem mediação do Estado.
O caminho para uma sociedade madura e verdadeiramente democrática a pelo embate de ideias, não pelo silenciamento. O limite da liberdade de expressão não deve ser o desconforto do outro, mas a ação concreta e comprovável de incitação à violência – algo bem diferente de uma piada contada num palco.
Em tempos sombrios, defender a liberdade de expressão – inclusive o direito de ofender – é mais do que um posicionamento. É um ato de coragem.
*Mestre em Direito pela Universidade de Montreal e especialista sênior em Compliance em Crimes Financeiros e normas Anti-corrupção.
Em mais uma iniciativa voltada ao fortalecimento da infraestrutura e à atração de capital estrangeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou, hoje, à França, acompanhado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). A missão oficial tem como um dos alvos a prospecção de investimentos estratégicos para o setor portuário, aeroportuário e hidroviário brasileiro.
A viagem faz parte de uma agenda diplomática mais ampla que inclui encontros com empresários, fundos de investimento e autoridades do governo francês. No centro das negociações, o governo federal quer apresentar o Brasil como um destino seguro e rentável para o capital estrangeiro em setores de infraestrutura, logística e transição energética. Além disso, o governo brasileiro deve discutir acordo Mercosul-UE.
Silvio Costa Filho, que tem atuado com protagonismo à frente da pasta, destacou o papel central dos portos, aeroportos e hidrovias na nova estratégia de desenvolvimento do país. “Estamos trabalhando com o presidente Lula para modernizar e ampliar a capacidade dos nossos aeroportos, hidrovias e portos. Modernizar a nossa infraestrutura é uma prioridade do governo federal. Com isso, vamos atrair novos investidores para o Brasil, gerando emprego e renda”, afirmou o ministro.
“A visita à França é uma oportunidade concreta de atrair investimentos sustentáveis e consolidar parcerias de longo prazo”, completou Costa Filho que, ao lado do presidente Lula, tem trabalhado muito pelo Brasil e por Pernambuco na atração de investimentos para fortalecer cada vez mais os setores.
Fontes do Palácio do Planalto indicam que Lula pretende usar sua influência internacional para destacar o novo momento político e econômico do país, em contraste com os anos de instabilidade que afastaram investidores estrangeiros. A missão deve resultar na de acordos entre os governos brasileiro e francês.
Antes de sair do Brasil, a deputada federal Carla Zambelli (PL) disse ter arrecadado ao menos R$ 285 mil de doações via Pix feitas por apoiadores e seguidores nas redes sociais. Zambelli divulgou a “vaquinha” para adquirir dinheiro para pagar multas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a condenação da deputada por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
Na manhã do dia 19 de maio, Zambelli lançou a “campanha Pix” em suas redes sociais. Ao final do dia, a deputada publicou uma foto de sua conta bancária, mostrando o saldo de R$ 166 mil, afirmando ser resultado das doações dos seguidores. Zambelli disse, no entanto, que o montante ainda não seria suficiente para o pagamento da dívida. As informações são do portal Estadão.
Já no dia 21 de maio, a deputada publicou outra foto do seu extrato bancário, mostrando novamente o valor, segundo ela, arrecadado pela “vaquinha”. “Já conseguimos arrecadar R$ 285 mil reais nesta campanha tão necessária para o pagamento das multas injustas e completamente desproporcionais, impostas por uma perseguição implacável”, disse Zambelli na publicação.
Ontem, Zambelli disse que deixou o País. Ela viajou ao exterior inicialmente para buscar tratamento médico, segundo ela, e vai pedir licença não remunerada de seu mandato na Câmara dos Deputados. Em 15 de maio, a deputada foi condenada a pagar, junto com o hacker Walter Delgatti, R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos pela invasão ao sistema do CNJ. A decisão também estabeleceu multas individuais de cerca de R$ 2,1 milhões para a deputada e de aproximadamente R$ 520 mil para o hacker. Os valores exatos ainda serão calculados no processo.
Além das multas, a deputada também foi condenada a dez anos de prisão e perda do mandato. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli “comandou” e ajudou no “planejamento” do ataque cibernético. O hacker confessou os crimes.
Em outra ação judicial, a Corte já tem maioria para condenar Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O julgamento foi suspenso em março a pedido do ministro Kassio Nunes Marques.
Mesmo fora do Brasil, Zambelli continua pedindo Pix
Mesmo após deixar o Brasil, a deputada do PL continua pedindo Pix nas redes sociais. Além de solicitar dinheiro em publicações, Zambelli colocou os dados bancários na descrição de seus perfis.
Antes de sair do Brasil, Carla reou a istração de suas redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli. “Tomei a decisão de transferir oficialmente a titularidade das minhas redes sociais, como herança, para minha mãe, Rita Zambelli, uma mulher íntegra, de princípios sólidos, que carrega os mesmos valores que sempre defendi”, disse a deputada.
Zambelli ainda prosseguiu afirmando que sua mãe é também sua “pré-candidata a deputada federal no próximo ano, justamente para dar continuidade a essa luta que é de toda a nossa família e de milhões de brasileiros que se recusam a se curvar diante do autoritarismo”.
Bolsonarista pretende fazer campanha na Europa
A deputada do PL afirmou em entrevista nesta terça-feira que pretende atuar pelo fortalecimento da direita nos países da Europa e “resistir, voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”.
Ela mencionou a articulação feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, onde ele atua para tentar influenciar o governo Trump a impor sanções contra autoridades brasileiras, como exemplo do que ela pode fazer na Europa.
“(O trabalho de Eduardo) Pode ser feito na Europa também. A (primeira-ministra da Itália, Georgia) Meloni precisa começar a entender o que está acontecendo. A Espanha precisa acordar, que a esquerda está fazendo muito mal no país. O que o (Emmanuel) Macron está fazendo com a França. Eu quero estar nesses lugares todos. Ajudar o Chega em Portugal. O conservadorismo precisa avançar, e o globalismo, a esquerda precisa recuar”, declarou.
Zambelli afirmou que está nos EUA atualmente para realizar tratamentos médicos, mas seguirá rumo à nação europeia ainda nesta semana. Ela planeja morar inicialmente em Roma e, depois, no interior do país. “Eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, por que sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a justiça italiana me prenda”, disse, entrevista à CNN Brasil.
A mais recente pesquisa Quaest, divulgada hoje, aponta que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, enquanto a aprovação caiu para 40%. Esse é o pior índice desde o início do terceiro mandato do petista.
Segundo fontes do governo, há uma percepção interna de que, mesmo com sinais de melhora na economia, como a redução na percepção de inflação de alimentos, a agenda negativa tem dominado o noticiário e impactado significativamente a popularidade do presidente.
Por isso, o governo está em “alerta máximo”. A estratégia agora é tentar emplacar pautas positivas e ter maior cuidado com anúncios e medidas que possam gerar ruídos.
Crise no INSS e alta do IOF
A expectativa dentro do governo era de que, neste intervalo da pesquisa, o governo já estivesse em processo de recuperação da popularidade.
No entanto, após o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), houve uma nova queda na avaliação.
De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados tomaram conhecimento do escândalo, e 31% atribuem a responsabilidade ao governo federal.
A demora na resposta e a condução da crise, incluindo a saída tardia do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, ainda segundo fontes, foram apontadas como fatores que agravaram a situação.
Além disso, a manutenção do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a compra de dólares também gerou críticas.
Embora apenas uma parcela da população tenha tomado conhecimento da medida, 50% dos que souberam consideraram que o governo errou ao mantê-la.
Interlocutores avaliam que, se não fossem esses dois fatores – fraude no INSS e alta no IOF – isto é, essa agenda negativa, certamente o governo já começaria a ver uma leve recuperação da aprovação, o que não aconteceu.
Nesse sentido, a percepção interna é de que o governo precisa evitar novos desgastes e focar em entregas concretas que impactem positivamente a vida da população.
A alta procura pelo “Bora Empreender Mulher”, do Governo do Pernambuco, levou à ampliação do prazo do programa que oferece taxas mais atrativas para as empreendedoras do Estado, para o próximo 31 de agosto. Aquelas formalizadas seguem contando com taxa de juros de 0.65% mensal, enquanto as informais ainda aproveitam a mensalidade de 0.75%, para pagamentos realizados sem atraso.
Essa linha de crédito oferecida pela Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE), em parceria com a Secretaria Estadual da Mulher, fomenta a economia do Estado, focando especialmente na mulher que já empreende ou que pretende tocar seu próprio negócio.
“Depois de observar os números positivos da linha, com as taxas especiais em alusão ao Mês da Mulher, percebemos a importância de ampliar essa oportunidade. Para se ter uma ideia, mais de 70% de todas as operações de crédito da AGE são liberadas para mulheres, que também se mostram melhores pagadoras e empreendedoras mais responsáveis”, apontou Angella Mochel, diretora-presidente da AGE, órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (Sedepe).
Quaest: 57% desaprovam governo Lula, e 40% aprovam 636m12
A desaprovação de Lula (PT) oscilou para cima dentro da margem de erro e chegou a 57% dos eleitores brasileiros, aponta pesquisa Quaest divulgada hoje. É o pior índice desde o início do mandato.
Já a aprovação da gestão do presidente oscilou para baixo dentro da margem de erro, para 40%, e é a menor desde o início do mandato. Veja os números:
· Aprova: 40% (eram 41% na pesquisa feita no final de março e divulgada em abril);
· Desaprova: 57% (eram 56%);
· Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%).
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.
“Ciro é defensor dos interesses da China e não tem nosso apoio, diz Bia Kicis 63cn
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) se mostrou contrária aos gestos feitos pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, ao ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT). Recentemente, o dirigente chegou a dizer que Ciro era o melhor nome da oposição para enfrentar o PT naquele Estado, o que gerou embate interno na bancada nordestina.
“Ciro não tem afinidade com o PL. Ele é China. Nos não somos China, nós estamos tentando defender o Brasil da invasão chinesa. Não tem problema a China comprar no Brasil, mas ela não pode querer comprar o Brasil. Não vejo a menor possibilidade desse alinhamento com o Ciro”, reagiu, ontem, a deputada Bia Kicis (PL-DF), ao ser abordada sobre um possível alinhamento do PL a Ciro pelo repórter Felipe Klisma, da rede ANC, a notícia do Ceará, parceira do podcast Direto de Brasília.
Para a parlamentar, querer o apoio do PL todo mundo quer, até o PT. “Mas não vai ter”, disparou. A deputada reforçou que o nome do partido no Ceará é o de seu colega de Câmara Federal, André Fernandes, que perdeu a disputa para a Prefeitura de Fortaleza por pouca margem de votos, mas que não pode ser candidato a governador porque não tem a idade mínima exigida por lei.
“É uma questão de conhecer a história. André fez uma linda campanha em Fortaleza, enquanto Ciro é de esquerda e alinhado com a China, defensor dos interesses da China. O Ciro pode até ter sido simpático à candidatura do André, pode ter apoiado, e todo apoio é bem-vindo. Agora, aliança é outra história. O PL tem bons quadros, não apenas no Ceará, mas em todos os estados”, disse.
Bia Kicis defende perseguição política para Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina, é uma perseguida política, assim como o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. A narrativa foi defendida pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF), ontem (3), em entrevista ao podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog.
Na opinião de Bia Kicis, o Brasil não vive mais uma democracia. “Estamos vivendo a ditadura da toga e isso já vem dos tempos. Desde as últimas eleições que a gente observou que os conservadores, apoiadores do Bolsonaro, eram, sim, massacrados. Nós tínhamos as nossas redes suspensas, canceladas, publicações retiradas, dizia-se que nós estávamos fazendo fake news. Mas o que são fake news, né? Eu digo que são verdades inconvenientes”, defendeu.
Durante toda a entrevista, a deputada desvalorizou o trabalho do STF, ignorando a robustez do processo contra Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ontem, Zambelli anunciou que viajou para os Estados Unidos e seguirá para a Itália. Ela disse que não pretende retornar ao Brasil, devendo se licenciar do mandato, assim como Eduardo Bolsonaro.
Sobrou até para a primeira-dama, Janja da Silva, considerada por Kicis “fim de linha”. “Ela submete o Brasil a uma situação vexatória. Janja é fim de linha”, disparou. “Ela atrapalha e muito (o governo). Da mesma forma que eu falava que o Brasil não merecia a Dilma presidente, ocorre com a Janja. Ela é uma pessoa sem noção, não tem o mínimo respeito pelo povo, acha que tem o direito de gastar o dinheiro do contribuinte como se fosse ministra”, avaliou.
Uma coisa não se pode negar: os bolsonaristas estão com os discursos afiados e alinhados, mesmo que não guardem muita responsabilidade com a realidade. O perigoso é que os eleitores dessa parcela da política brasileira também não estão com o humor ancorado no que é fato, mas exatamente como os fatos são interpretados e narrados pela bolha.
Mourão e Bolsonaro se complicam – O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) preste depoimento à Polícia Federal sobre um telefonema entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na semana ada, Mourão prestou depoimento como testemunha indicada por Bolsonaro na ação que apura a existência de uma trama golpista após as eleições de 2022, na qual o ex-presidente é réu. As informações são do jornal O Globo. Mourão disse ao site Metrópoles que foi procurado por Bolsonaro para reforçar às autoridades que nunca ouviu menção sobre golpe de Estado ou de ruptura democrática.
Silvinho homenageado na Câmara do Recife – A Câmara Municipal do Recife aprovou, por unanimidade, ontem (3), o projeto do vereador Hélio Guabiraba (PSB) que concede a Medalha de Mérito José Mariano ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos). A honraria é uma das mais importantes do Legislativo recifense e reconhece personalidades que contribuem significativamente para o desenvolvimento da cidade.
Relatório do TCE aponta irregularidades– Relatório de auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE) comprovou irregularidades em 35 termos de fomento firmados entre a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca de Pernambuco e pelo menos 14 entidades envolvidas na realização de feiras agropecuárias. Os problemas vão desde a inexigibilidade de licitação que antecedeu as contratações até pagamentos em duplicidade. Os rees, que somaram R$ 7,4 milhões em dois anos, aram pelo crivo de três secretários estaduais e privilegiaram redutos eleitorais de aliados da governadora Raquel Lyra (PSD).
Pernambuco não se resume a João e Raquel– Em meio à tensão entre a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o Governo do Estado, o deputado estadual Renato Antunes (PL) deu uma declaração à imprensa, ontem (3), que chama à responsabilidade os dois lados. Muitos dizem que a antecipação da eleição de 2026 já vem ocorrendo em Pernambuco e que o pano de fundo da falta de entendimento entre a Alepe e o Poder Executivo é nada mais do que uma queda de braço entre aliados do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e da governadora Raquel Lyra (PSD), que vão se enfrentar ano que vem. Na opinião de Renato Antunes, Pernambuco não se resume a João e Raquel.
O que disse Antunes– Ontem, a bancada do governo esvaziou mais uma vez o plenário da Alepe, porque, na cabeça dos articuladores políticos de Raquel Lyra, ou a Casa vota tudo que ela quer ou não pode votar nada. Nesse contexto, o reajuste dos professores não foi votado por falta de quórum. Eis o que declarou Renato Antunes: “Vai terminar o governo levando a culpa, porque o salário do professor não vai ser votado. E até quando vai esvaziar? Ou vota tudo ou não vota nada? Vai ficar nessa até a eleição? E Pernambuco se resume a João e Raquel, para a gente ficar nessa briga, nesse ime? Não pode”, disse. Por outro lado, o parlamentar também observou: “Não se pode fazer oposição de fígado, e eu acho que a oposição esticou a corda demais. Quem tem a perder aqui é o povo de Pernambuco”, completou.
CURTAS
Falta de sensibilidade 1– Membros da comunidade autista de Pernambuco, em especial mães de crianças e adultos autistas, têm reclamado da falta de políticas públicas no Estado para atender ao segmento. Apontam o inexpressivo investimento da gestão Raquel Lyra (PSD) no atendimento às pessoas autistas, que, segundo relatório do Tribunal de Contas (TCE), foi de insignificantes R$ 89 mil, enquanto os municípios ostentam, por exemplo, festas de São João milionárias com ajuda do governo. Para se ter uma ideia, o cachê de Wesley Safadão em Caruaru é de R$ 1,2 milhão. Claro que ninguém pode questionar a importância do São João para a cultura, a economia e o turismo de Pernambuco. É preciso investir mesmo. Mas não se vê a mesma prioridade sendo dada às pessoas com autismo e suas famílias exaustas e invisibilizadas. Essa parcela da população precisa de mais celeridade e sensibilidade do poder público.
Falta de sensibilidade 2– Mães atípicas que conversaram com este blog, inclusive, lembram que a comunidade autista em Pernambuco é imensa e pode definir uma eleição para o Poder Executivo, por exemplo. Estima-se que haja 200 mil pessoas com autismo no Estado notificadas, cada uma delas com pelo menos dois familiares auxiliando, ou seja, 400 mil pessoas envolvidas com a causa. Se unidas, como é de costume entre as mães atípicas — já que, na maioria das vezes, só encontram acolhimento na própria comunidade —, elas decidem rapidinho 2026, antes que os candidatos e candidatas comecem oficialmente suas campanhas.
Magno lança livro– O titular deste blog lança, no próximo dia 9, a sua mais nova obra, Os Leões do Norte, publicada pela EuEscrevo Editora. O evento ocorre a partir das 18h, no Boteco Porto Ferreiro, localizado na Avenida Rui Barbosa, 458, bairro das Graças, no Recife. Resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, o livro reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2023. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
Perguntar não ofende: Quando Alepe e Governo do Estado voltarão a se entender?
Uma das maiores aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) diz que acreditará até o fim em uma eventual reversão da inelegibilidade do correligionário. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, com Magno Martins, a liberal diz que a direita tem muitos nomes viáveis, mas a escolha necessariamente terá que ser feita pelo ex-presidente e acatada por seus defensores. “Acredito em milagres”, resumiu.
Indagada sobre quem deveria ser o candidato, caso o cenário não mude para 2026, Bia afirmou que era uma “pergunta complexa”. “A gente espera que aconteça uma reviravolta. O cenário está mudando um pouco. Se o candidato não for Jair Bolsonaro, será alguém que ele apontar. Temos alguns nomes que se mostram viáveis, mas fica difícil apontar alguém sem as bênçãos do presidente”, reconheceu a deputada.
Bia Kicis conta que acredita que o ex-presidente segure a decisão até depois das convenções, mesmo que ele, de fato, não possa concorrer novamente ao Palácio do Planalto. “É uma possibilidade (adiar a decisão). Ele não vai fazer nada sem estar muito certo. Vamos esperar o tempo certo para entender o que vai acontecer. Sei que Bolsonaro vai indicar, e esse será o nome. Mas meu coração está com ele, ainda espero que ele seja o candidato”, afirmou. “O Lula também estava inelegível. E eu acredito em milagres”, completou Bia Kicis.
SENADO Sobre a disputa no campo da direita no Distrito Federal, a deputada mantém sua pré-candidatura ao Senado. Ela concorre com nomes como o governador Ibaneis Rocha (MDB), o senador Izalci Lucas e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) por uma das duas vagas da chapa majoritária.
“A vontade do senador Izalci não é pela reeleição, mas por disputar o governo. A primeira-dama Michelle é um nome forte, cotado até para a Presidência da República, então a primeira vaga é dela. O governador Ibaneis tem aprovação, mas nunca foi testado como legislador. Eu já fui, fui a deputada federal mais votada do Brasil proporcionalmente. Tenho o apoio do presidente Bolsonaro, vou conversar com o presidente do meu partido, Valdemar Costa Neto, e isso vai ser decidido em grupo. Mas posso dizer que hoje estou em campanha para o Senado”, concluiu.
Desde 2008, ao menos 6 ministros de Estado já foram ofendidos no Congresso Nacional. O caso mais recente foi o de Marina Silva (Meio Ambiente), que foi à audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal na 3ª feira (27.mai.2025) e ouviu frases como “a mulher merece respeito, a ministra, não” e “se ponha no seu lugar”.
Em 2008, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), foi acusada pelo senador José Agripino (à época no DEM-RN) de mentir sobre a ditadura militar. Ela rebateu e declarou que “mentir sobre a ditadura não é fácil”. Eis a íntegra da nota taquigráfica da sessão realizada em 7 de maio de 2008 na Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado. As informações são do Poder 360.
Em 2015, o então ministro da Educação, Cid Gomes, foi chamado de “palhaço” pelo deputado Sergio Zveiter (à época no PSD-RJ) e se retirou do plenário da Câmara. Em 2017, Antonio Imbassahy, então ministro da Secretaria de Governo, foi chamado de “bosta” pelo vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (à época no PMDB-MG), durante cerimônia de de venda da folha de pagamento de funcionários da Casa.
Em 2019, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ofendido pelos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Zeca Dirceu (PT-PR) e chamado de “tchutchuca” durante audiência pública da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
No mesmo ano, também na CCJ da Câmara, Sergio Moro, então ministro da Justiça, foi chamado de “juiz ladrão” pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ).
Caso Marina Silva No caso ocorrido na semana ada, Marina Silva e o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO), discutiram em audiência no colegiado. O embate começou com os questionamentos do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a construção da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).
Marina se retirou da audiência depois que o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Ela respondeu: “Eu fui convidada como ministra. Tem que me respeitar, ou eu me retiro, porque eu não fui convidada por ser mulher”. A jornalistas, Marina disse que se sentiu “agredida” ao fazer seu trabalho.
Segundo Marcos Rogério, a ministra do Meio Ambiente teria se exaltado e precisou ter o microfone cortado. O Poder360 procurou a ministra Marina Silva por meio da assessoria de imprensa do ministério para perguntar se gostaria de se manifestar sobre a sessão. A pasta informou que não se pronunciaria.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) anunciou que o Congresso Nacional deverá instalar neste mês a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) que investigará as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela revelou que houve uma sinalização positiva do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e que seu grupo aguarda a próxima sessão conjunta do Congresso para bater o martelo. A previsão é que a reunião aconteça em 17 de junho.
“O escândalo do INSS deixou o Mensalão no chinelo. Falamos na casa dos bilhões de reais. Temos que trabalhar de forma dura e organizada para não deixar impune quem quer que sejam os responsáveis por roubar aposentados e pensionistas. A MI vai sair, o senador Davi Alcolumbre disse que vai instalar, a princípio na próxima reunião em 17 de junho. Vamos brigar pelo povo”, afirmou Bia Kicis, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, com Magno Martins.
Apesar das primeiras denúncias sobre as irregularidades no órgão federal datarem de 2016, a parlamentar isentou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de relação com os desvios e jogou no colo do presidente Lula (PT) a ampliação das fraudes. Ela ainda acusou a atual base governista de trabalhar para atrapalhar a coleta de s para a instalação da MI.
“No governo Bolsonaro foi feita uma medida provisória para atrapalhar e coibir a fraude, para punir e evitar. E depois os partidos de esquerda, o PT e seus puxadinhos, conseguiram remover o dispositivo legal que impedia essa punição. A gente sabe que sempre tem um bandido que sai na frente, e o operador da lei tem que ir atrás. Nesse caso, o presidente Bolsonaro fez de tudo para coibir. Criamos uma lei para proibir, mas aí veio a esquerda e derrubou”, disparou Kicis”. “Na época os discursos da esquerda eram inflamados, que queríamos prejudicar os sindicatos, e hoje fica provado que as pessoas que nos acusavam naquele tempo hoje não assinam a MI”, ironizou.
Em entrevista recente a um podcast, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) abordou com franqueza e bom humor temas que vão da vida pessoal à política. Ao comentar sua relação com o prefeito de Recife, João Campos (PSB), ela brincou com a ideia de já ocupar, simbolicamente, um posto no executivo municipal.
“Teoricamente eu sou a primeira-dama de Recife. Teoricamente não, porque ele não tem nenhuma outra, então sou eu mesma”, afirmou, rindo.
Apesar da leveza, Tabata ressaltou que sua atuação vai além do título informal. “Eu não sou a primeira-dama mais presente na vida da cidade. Mas acho que faço meu papel quando luto por políticas públicas que beneficiem Pernambuco, como absorventes nas escolas, o programa Pé-de-Meia para os estudantes, e o ree de benefícios para mães.”
Segundo ela, embora eleita deputada por São Paulo, seu trabalho tem impacto nacional e chega também à população pernambucana.
Diante do questionamento sobre um suposto plano de poder em casal, Tabata negou qualquer articulação nesse sentido. “Que negócio bizarro, claro que não. A gente faz planos de casar, ter filhos, mas não de poder.” Ela revelou, inclusive, os nomes que o casal já discute para futuros filhos: Maria Luísa, Maria Júlia, Francisco e Eduardo Henrique — este último, em homenagem ao pai de João.
A relação, segundo ela, também é marcada por respeito às divergências políticas. Tabata relembrou um debate intenso entre eles quando o PSB discutia uma possível federação com o PT. “João era a favor, eu contra. A decisão final foi pela não federação, e hoje ele concorda que foi o melhor caminho para o partido”, disse.
A audiência de instrução que pode resultar na cassação dos mandatos dos vereadores Patrícia de Bacana, Luiz de Raimundo e Tadeu do Hospital, todos do União Brasil, foi realizada nesta terça-feira (3) em São José do Egito. A sessão, conduzida pela juíza Tainá Lima Prado, contou com a oitiva das partes e das testemunhas ao longo do dia e terminou no fim da tarde.
Ao final da audiência, a magistrada autorizou a apresentação de memoriais escritos, com prazo de dois dias para a defesa e outros dois para manifestação do Ministério Público. Após essa etapa, a juíza terá três dias para proferir a sentença. Fontes que acompanharam a sessão indicam que o conjunto probatório favorece a cassação dos parlamentares.
“Zambelli e Eduardo Bolsonaro são perseguidos políticos”, defende Bia Kicis 2c6f4s
A deputada federal Bia Kicis saiu em defesa da correligionária e colega de Parlamento, Carla Zambelli (PL-SP). Condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli anunciou que viajou para os Estados Unidos e, depois, seguirá para a Itália, e que não pretende retornar ao Brasil, devendo se licenciar do mandato.
“A Carla Zambelli, assim como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), são perseguidos políticos. Infelizmente, hoje não podemos dizer que vivemos em uma democracia. Vivemos numa ditadura da toga. Desde as últimas eleições, percebemos que os apoiadores de Bolsonaro eram massacrados, tínhamos nossas redes sociais suspensas, diziam que estávamos fazendo fake news. Apenas porque o que fazíamos e falávamos eram verdades inconvenientes para eles. A gente não falava mentira, falava verdade, e fomos perseguidos. É revoltante ver uma deputada federal das mais votadas do País ter uma condenação baseada em fuxico de hacker que fez uma delação sem comprovação”, disparou Kicis, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
A parlamentar do Distrito Federal evitou, no entanto, falar sobre uma eventual prisão de Zambelli, que tem cidadania italiana, no exterior. “Vamos aguardar. Tem que ver o que a Justiça italiana vai falar sobre isso. Mas ela está fugindo de uma perseguição odiosa, sem evidência”, colocou.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) não economiza críticas quando o assunto é a atuação da primeira-dama, Janja da Silva. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ancorado pelo jornalista Magno Martins, a parlamentar disparou contra a esposa do presidente Lula (PT). “Ela submete o Brasil a uma situação vexatória. Janja é fim de linha”, disparou.
“Ela atrapalha, e muito (o governo). Da mesma forma que eu falava que o Brasil não merecia a Dilma presidente, ocorre com a Janja. Ela é uma pessoa sem noção, não tem o mínimo respeito pelo povo, acha que tem o direito de gastar o dinheiro do contribuinte como se fosse ministra. E o Lula fica dando esse poder a ela, como um velho babão e deslumbrado. E só dá vexames internacionais, como no episódio em que ela xingou o Elon Musk e agora na interferência junto ao presidente da China”, atacou.
Kicis afirmou que chegou a representar contra os gastos da primeira-dama na Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ouviu que o órgão não poderia atuar, já que Janja não possui cargo público. “É o fim da picada, já que ela não tem cargo, mas usa verba pública. Acho que, quando o Lula estava na cadeia e ela se prestou ao papel de visitá-lo, agora ele está recompensando ela. Mas não pode ser às custas do pagador brasileiro de impostos”, finalizou.